quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Viver



E logo após os primeiros raios, levantarei com aquela característica sede voraz de encontrar e rever as pessoas melhores de minha vida e reencontrar aquele sentimento de esperança, fé e liberdade que sobem da ponta de minha superfície à ponta de meus fios cor de preto, nessa cidade ímpar entro em sintonia e por um novo que na metade desta noite se inicia.

Luiz Gonzaga

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Teatro


Levanto no mais resplendoroso amanhecer pondo em mente tudo que na vida me fez crescer; entre estradas caminhei, em vários espinhos me machuquei, contudo a história continua, o espetáculo ainda não terminou, apenas quando as luzes se apagarem e o último holofote se apagar a peça estará completa e concreta, seus expectadores terão aprendidos enfim tudo que tive e tudo que eu sou, quem melhor pude ser: basicamente eu mesmo!

Luiz Gonzaga

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Indecisão





Na rua da Aurora, desaguou em mágoas meu coração
Insensato meu eu, colher num ermo caminho juras de uma paixão.
Paixão ingrata, engraçada, ainda engasgada, imersa de solidão!
Quem me amará então?

Gonçalves Filho

segunda-feira, 28 de julho de 2014

O Relógio



Dona Clock, às altas horas, dá volta e meia em torno da praça Circunferência; click.

Sempre, constantemente, no pulso, um impulso: tic tic tic, tac tac tac. O Balancim dá sua força na relação de seu Ponteiro e dona Hora.

Os anéis que atestam a relação, comprovam diante dos sinos; no ponto: o encontro.

Créque... créque... créque: Acorda dona Corda. Determinada, envolve, resolve e sacode o mecanismo da relação.

- Pois não?

- Sabe tu, que esse namoro com esse sujeito não tem jeito, pois como eu bem sei existe um defeito. Portanto não enfeite, senão a paz não encontrarás: enfrentarás portanto um temor sem fim, toda hora e não acabará só assim o seu ódio de mim. Orgulho meu? Longe tu vás, ligeiro sem demora.

Uma longa pausa...

- Duas de suas horas passadas, dona Corda acorda, discorda de seu acordo feito entre nós, a sós...

- Minha cabeça fica a martelar com pensamentos em vão. Minh'angústia, que bate, rebate... (Sempre na pior hora) não aguento mais a solidão.

Segundo, minutos, horas se passam e as coisas não conseguem engrenar a contento. No quarto de Hora, nada se ouve além de um apertado desabafo: - Longe, distante ouço o tilintar de uma confissão apaixonada que aperta, ao tempo que atrasa meu coração.

Dias depois, a hora mais aguardada do casal se aproxima; durante a festa de seu Giácono, Ponteiro e Hora se movimentam no Relógio e eis que surge a oportunidade do encontro.

Hora, encontra-se com sacerdote Horácio. Em sua confissão de fé, o missionário promete dar uma mão na relação.


- Senhor sacerdote, não aguento mais essa relação, às vezes acho que posso ficar com os parafusos soltos, não aguento mais! Para fuso! Disfusa relação.

- Filha minha, esperai com paciência a festa de Cronos, vosso Pai, pois tenho certeza que sua força divina ajudará sua mãe compreender vosso amor com Ponteiro.

Pouco tempo depois, a oportunidade se aproximara, eis que surge a oportunidade: a beata, mãe de Hora está parada no ponto da celebração.

Na hora certa, Ponteiro e seu amor Hora, aproximava-se com receio da senhora. Eis que como força do destino dona Corda concorda com a relação entre dois corações.

A partir do dia prometido e tão esperado nada mais foi com antes.

A ranzinza senhora sentiu um toque mais que especial em seu ermo coração; finalmente dona Corda despertou de sua paranoia. 

Acorda o coração de dona Corda.

No dia esperado da celebração, o sentimento de amor tomou conta dos corações. Entre os dois só restava alegria e contentamento de um dia conseguirem livrar-se de toda aquela contenta.

A esperança enrolava e assim protegia-os bem do frio de uma angústia, que enrolava de impuros sentimentos e enferrujavam as engrenagens que movimentavam os passos dos seus destinos...


Luiz Gonzaga  



sexta-feira, 18 de julho de 2014

Poema provisório



Enquanto procurava o amor,
Procurava distrair-me falando sobre tal.
Pois nenhum coração ser amante consegue, 
Com louvor,
Desfragmentar-se do seio da prometida amante.

Avante!...

A procura do encontrar, em outro olhar, o brilho do estrelar 
Que ficou perdido no horizonte longínquo, lá atrás, em outro lugar.

Quebra!...

Diamante.

Somente um dia após, pouco a pouco...
Dia a dia, dia... Amante!

Luiz Gonzaga

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Será possível?




...


Tudo de antes já passou!
Não, não quero mais nada nesse mundo!
Resta a saber a dignidade do meu ser, para um dia adormecer
Relembrando, através dos sonhos se algo foi realmente bom...
E se um dia eu realmente voltar, restarão apenas lapsos de memória,
Que seja! Para que um dia eu possa tornar-me mais feliz...

...


Luiz Gonzaga

segunda-feira, 17 de março de 2014

Sentimento



Como é bom quando estou abraçado em seus braços
E quando eu sinto o calor da sua pele.
A alegria e a magia do amor me inspiram a versejar
O doce encanto de satisfação florescido sob o clarão do luar...
Como é bom te amar!!!

Luiz Gonzaga

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Tudo novo



Enquanto eu tirava o mais modesto dos sonos,
Me permeei num lindo sonho e com você eu sonhei
De manhãzinha, fui na cozinha
E quando pra sala voltei, para seu porta retrato eu olhei
E neste olhar, várias lembranças de te encontrar me permearam. 
No dia seguinte já era ano novo, juntamente com esse novo sentimento surgiu um sentimento novo:
Eis que olho para fora, longe, distante, seu ser, num movimento involuntário
Acionado pelo amor, resplandece de forma que num simples gesto tudo que era bom voltou e junto com o ano novo o amor voltou, ano novo, tudo de novo.


Luiz Gonzaga