terça-feira, 11 de setembro de 2012

Som do bosque


O dia nasce.
O sol já está a raiar...
Mais uma jornada começa,
Ao longe, escuto pássaros a cantar;
Estalidos de secos galhos, em sua quebra,
Aguçam todos os sentidos, na imaginação de quem tão logo impetra.

Aquarela tingida sob variados tons e tonalidades.
Sob várias investidas, volantes pleiteiam aproximação;
Contudo, sem o devido consentimento dos deuses em sua totalidade
Ímpias batalhas ainda se desenharão
Para aqueles que, distante de qualquer autorização,
Semeiam apenas interesses e conquistas sem plena cordialidade.

Longe, ao fundo, com vista à cachoeira bela,
Resplandecem flores, jacarandás e brumas ao porvir.
Frutos de uma natureza verde e amarela
Plácida riqueza em seu seio lhe acometeu;
Mata virgem, acometida pelos passos teus...

E, imerso nesse imenso silêncio,
Ficamos juntos, conscientes a recordar
Sobre quem um dia nos convidou a amar.

Luiz Gonzaga 
   

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